29 de dez. de 2010

Profundamente Colérica

(Poema cedido por May para o blog Maçãs Podres, para conhcer mais: Blog Profundamente Colérica)

Composta por urgências, ardências, canções. Flor de aço. Asas e raízes.
A paz e a guerra, e a cima de tudo a luta. Honra seus próprios seios, suas pernas, sua voz.
Líquida e concreta no que se pode dizer, grita se precisar gritar, e cospe.
Ser mulher não é ser buracos.
Ser MULHER não é ser buracos!
Que virem pó as que se escondem debaixo da cama.
O caos tonteia. Os olhos se viram do avesso, mas não há submissão. E só há entrega a si mesma. E há sorrisos assim como há lágrimas. E há revolta. Há respeito.
E o alcance nunca é o suficiente.
Há querer.
Composta por sonhos de um dia poder ser tudo.
E que fiquem cegos de vez os que me vêem como coisa qualquer.
A minha vaidade não permite.

Poema: May

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